Cirurgia Bariátrica

Gastroplastia, também chamada de Cirurgia Bariátrica, Cirurgia da Obesidade ou ainda de Cirugia de redução do estomago, é, literalmente, a plástica do estômago (gastro = estômago, plastia = plástica).

O tratamento clínico é escolha em pacientes com sobrepeso e obesidade leve (IMC entre 30-34,9 Kg/m²). Hoje está estabelecido que o tratamento cirúrgico está indicado em pacientes definidos com obesidade moderada (IMC > 35 Kg/m²) que tenham co-morbidades como apnéia do sono, hipertensão, diabetes mellito, dislipidemia, artropatias ou aqueles pacientes com IMC > 40 Kg/m² independente de haver co-morbidades ou não. Isso porque já foi evienciado que existe um risco muito maior do paciente morrer por complicações clínicas relacionadas à obesidade do que morrer com a realização da cirurgia e os benefícios que ela traz.

TÉCNICA BY PASS COM Y DE ROUX 
 
A técnica mais conhecida e estudada é a chamada Cirurgia de by pass com Y de Roux. A cirurgia inicia com uma videolaparoscopia. Na sequência, os procedimentos são idênticos. O estômago, que tem capacidade para cerca de dois litros é seccionado com um grampeador cirúrgico de maneira a se obter um novo estômago com capacidade para apenas 15-30ml. Uma alça intestinal é anastomosada ao novo estômago para permitir a saída e a absorção dos alimentos que é chamada anastomose gastrojejunal. O funcionamento da cirurgia é através da restrição da ingestão de alimentos, e em menor parte por disabsorção, uma vez que cerca de 150 cm de intestino delgado são desviados (técnica mista - predominantemente restritiva). O emagrecimento acentuado pode requerer cirurgias plásticas para a retirada do excesso de pele. 



TÉCNICA  SLEEVE

Na Gastrectomia Vertical, o estômago do paciente obeso é grampeado em forma de tubo que vai do esôfago ate o duodeno. Assim se reduz o estômago em até 80% do seu tamanho .O novo estômago fica com 150 a 250 ml e com a forma parecida com a de um tubo gástrico.
Nessa redução, se retira parte do fundo gástrico, região que produz o hormônio grelina, responsável pela sensação de fome. Assim após a cirurgia o apetite também diminui. A Gastrectomia Vertical ou Sleeve Gastrico vem sendo indicada cada vez com maior freqüência para o tratamento da obesidade grau III e mórbida, principalmente em pacientes que possuam problemas intestinais ou quadro de anemia importante.


Para maiores esclarecimentos participe das nossas reuniões, bimestrais, "Vida Nova", onde você encontrará todos os profissionais da área da saúde da equipe de um cirurgião. 
  Nutrição - Papel do nutricionista no tratamento cirúrgico da Obesidade

O monitoramento regular do paciente submetido ao tratamento cirúrgico da obesidade é provavelmente um dos aspectos mais importantes no processo de perda e manutenção do peso. Esse monitoramento deve ser acompanhado de avaliações nutricional, psicológica, clínica e cirúrgica.

Essas avaliações e o cuidado com os pacientes não devem cessar quando eles atingirem o seu objetivo em relação à perda do excesso de peso, que acontece entre 18 e 24 meses após a cirurgia, mas devem fazer parte do cuidado continuado. Cada revisão regular permite que a meta atingida pelo indivíduo seja mantida, que as condições clínicas, nutricionais e psicológicas sejam monitoradas e que os possíveis problemas sejam tratados precocemente. 
O paciente com obesidade precisa de ferramentas nutricionais e de estratégias psicológicas que o ajude nas mudanças quanto a sua forma de comer e de lidar com os seus problemas após a cirurgia. O nosso objetivo deve ser fornecer essas ferramentas e ensinar as estratégias para o paciente.

A cirurgia bariátrica não finaliza o tratamento da obesidade. É o início de um período de mudanças de comportamento, de hábitos alimentares e de exercícios físicos, monitoradas regularmente por uma equipe multidisciplinar.

www.vidanovametabolica.org.br
 

XIX CONGRESSO BRASILEIRO DE CIRURGIA BARIÁTRICA E METABÓLICA - Fortaleza/CE
 Dr Mathias Fobi (USA) e Michelly R. Bertin 



Dr Aluisio Stoll ; Dr Philip R. Schauer (USA) ; Michelly R. Bertin